segunda-feira, 1 de agosto de 2016

DEPOIS DOS QUARENTA

“Em  sentido mais amplo, pode-se dizer também que os primeiros quarenta anos da vida fornecem o texto, e os trinta seguintes o comentário que nos ensina o verdadeiro e a coesão do texto, bem como sua moral e todas as suas sutilezas.”
Arthur Schopenhauer in Aforismos para a sabedoria da vida


Depois dos quarenta anos  nos surpreendemos prisioneiros de nossas realizações cristalizadas ou pela ausência delas. O leque de opções  se estreita e geralmente nos conformamos a persona que nos tornamos ao longo dos anos e com suas consequências biográficas. Começamos a envelhecer e nos tornarmos obsoletos sem se quer se dar conta disso. Os dias já não passam da mesma forma, o passado se torna cada vez mais  decisivo do que qualquer miragem de futuro.  Torna-se decisivo aquilo que conservamos  e não as mudanças do dia a dia. Somos , assim, reduzidos a uma existência crua, sem o adorno dos desejos e sonhos que tanto inspira a juventude.

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