“Em sentido mais amplo, pode-se dizer também que
os primeiros quarenta anos da vida fornecem o texto, e os trinta seguintes o
comentário que nos ensina o verdadeiro e a coesão do texto, bem como sua moral
e todas as suas sutilezas.”
Arthur Schopenhauer in Aforismos para a sabedoria da vida
Depois dos quarenta anos nos surpreendemos prisioneiros de nossas
realizações cristalizadas ou pela ausência delas. O leque de opções se estreita e geralmente nos conformamos a
persona que nos tornamos ao longo dos anos e com suas consequências biográficas.
Começamos a envelhecer e nos tornarmos obsoletos sem se quer se dar conta
disso. Os dias já não passam da mesma forma, o passado se torna cada vez mais decisivo do que qualquer miragem de
futuro. Torna-se decisivo aquilo que
conservamos e não as mudanças do dia a
dia. Somos , assim, reduzidos a uma existência crua, sem o adorno dos desejos e
sonhos que tanto inspira a juventude.
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