quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A MORTE NO HORIZONTE


Antes mesmo do fim eu sabia o vazio de tudo aquilo. Falávamos banalidades sobre o sofrer humano, sobre saúde, doença, envelhecimento e felicidade, sem nos darmos conta da essencial necessidade de bem viver cada momento. Isso  é o mesmo que tentar superar a constante tendência ao tédio, a ansiedade incomoda e o desanimo com a rotina. Caso não fosse a morte, trataríamos a existência como ela é: um acontecer enfadonho de coisas sem o mínimo cabimento.


Mas a morte existe... E só nos damos conta de como isso nos afeta quando confrontados com sua realidade através da enfermidade ou o óbito de um ente querido. No mais tentamos nos consolar com ingênuas convicções metafísicas. Mas a morte continua ali no horizonte  desafiando todas as nossas convicções ou opiniões sobre elas.

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