segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A MORTE DO OUTRO

A comoção que a morte de um ente querido nos desperta é de certa forma uma espécie de susto com a instabilidade e precariedade da existência de um modo geral. Não se trata apenas da experiência de uma perda afetiva. É também um confronto indireto com nossa própria mortalidade.

O fim de um organismo vivo põem em duvida a própria vida, seja em sua dimensão biológica, social ou simplesmente existencial. Diante do não sentido  do morrer do outro o que podemos esperar do nosso próprio existir?


O fim é sempre um silêncio onde a memoria é o único e abstrato resquício de uma vida inteira.

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