A comoção que a morte de um ente
querido nos desperta é de certa forma uma espécie de susto com a instabilidade
e precariedade da existência de um modo geral. Não se trata apenas da experiência
de uma perda afetiva. É também um confronto indireto com nossa própria
mortalidade.
O fim de um organismo vivo põem
em duvida a própria vida, seja em sua dimensão biológica, social ou
simplesmente existencial. Diante do não sentido do morrer do outro o que podemos esperar do
nosso próprio existir?
O fim é sempre um silêncio onde a
memoria é o único e abstrato resquício de uma vida inteira.
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