Há muita paz de réveillon nas
paisagens do cemitério.
Por lá o passar do tempo já não
conta os anos,
Todo evento é vazio de
significado
E todas as resoluções já foram
tomadas e concluídas.
Não há preocupações, ilusões
E, muito menos, aquela expectativa
ingênua
Diante do incerto do dia
seguinte.
Existe apenas a paz,
O silêncio e a indiferença
Que a todos consome.
Pois quero fazer um brinde aos
meus mortos
No instante efêmero do novo ano.
Homenagear aqueles que habitam as
sombras
Da minha memória
Em clara e sentimental referencia aos anos que se foram
Mas que um dia foram novos,
A minha vida que era mais intensa
E frequentada por tantos,
Aos futuros que nunca foram.
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