Sempre considerei a vida
um estado de permanente perplexidade.
Como é frágil e delicada a existência
enquanto nos parece intensa e duradoura.
Sou fascinado por tal paradoxo
deste tudo que se resume em nada.
Sei que o valor da vida
é dado pela morte.
Pois a eternidade a tornaria banal,
tediosa e insuportável.
Vivo cultivando um espanto,
lidando com o susto
deste me perder
através dos dias e noites.
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