Penso que minha morte já aconteceu em qualquer lugar do futuro. O amanhã, afinal, é tão virtual quanto o ontem, dentro de um tempo presente que quase não existe.
Viver, por sua vez, é enfadonho. É ser um corpo a deriva no mundo. É estar constantemente escapando a si mesmo, cultivando um esquecimento, um alheamento, que no final nos consome.
Escrevo registrando minha morte em movimento, sempre a sombra do meu último momento.
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