quarta-feira, 9 de maio de 2018

VELÓRIO



Depois de hoje nada será de novo.
Foi-se um pouco da minha vida.
Carrego mais uma morte
Dentro daquela
Que cresce aos poucos
Dentro de mim.

Mas um desaparecimento,
Mais um silêncio...
E sei mais um pouco
A solidão do meu tempo.

Mas não há nada a fazer,
E é inútil sofrer.

Resta apenas o fado
De mais uma vez sobreviver aos outros,
Como se eu fosse o último.




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