sexta-feira, 29 de junho de 2018

QUASE EXISTÊNCIA

O passar inofensivo do tempo contem tudo aquilo que nos anula.

Não falo apenas do simples morrer, do corpo desfeito ou do existir cancelado.

Refiro-me ao quanto tudo que nos acontece é perecível e, justamente por isso, carece de existência plena.


A existência paradoxalmente pouco existe e depende sempre de redefinições inspiradas pelos vazios que silenciosamente habitam entre as coisas. Este vazio é o próprio tempo que, na verdade não passa, mas permanece, é constante, na nulidade que expressa o pleno acontecer das coisas que quase existem.

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