sexta-feira, 19 de junho de 2015

DECEPÇÃO

De pouco me valeu toda poesia,
Os sonhos vividos as margens de um abismo.
O vento do meu delírio não me deixou caminhos,
Nem me proporcionou venturas.
Sempre vivi o mundo pelo avesso.
Sempre fui  quem  não nasceu para isso,
Quem nunca viveu para aquilo.
Sempre andei a margem do mundo,
Evitando os outros
E destruindo a mim mesmo
A espera de qualquer boa nova.


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