Minha vida é povoada de mortos.
Leio pessoas mortas, escuto pessoas mortas e conheci e compartilhei minha existência
com dezenas de gente que já morreu, que caíram no passado definitivamente.
As vezes quase duvido de que
ainda estou vivo.... Há algo de irreal agora em meu acontecer biográfico que só
alguém que se tornou tão intimo da memória dos mortos consegue conceber.
A morte é uma ausência, mas a experiência
dos mortos e da morte é algo que apenas o que ainda respiram são capazes de
sofrer. Trata-se do sinistro pressentimento de tudo aquilo que nos mata tão sutilmente
quanto o passar do tempo.
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