sexta-feira, 13 de maio de 2016

A CONSCIÊNCIA DA MORTE E DA FINITUDE

Nos apropriamos do mundo na medida em que nos tornamos capazes de representa-lo como linguagem e transcender gradativamente o mimetismo imposto pela natureza e pelo império material da necessidade. Mas isso não fez de nós seres abstratos, mesmo que alguns delirem em suas obtusas convicções metafisicas que possuímos uma essência abstrata a que chamam de alma, reportando-se aos tempos mais infantis da cultura humana.

O fato é não sacralidade alguma na vida e somos seres perecíveis e provisórios cuja existência é indiferente ao mundo em que vivemos.


A ideia de que vamos morrer é o que nos fundamenta a perplexidade do fato de estar vivo. Diferente de todos os outros animais , pelo que sabemos até agora, somos os únicos  e ter consciência da morte. É isso o que nos torna tragicamente únicos. 

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