terça-feira, 24 de maio de 2016

XÍCARA DE CAFÉ PRETO

Afogado em uma xícara de café preto
Enquanto tudo aquilo que ainda não existe
Alimenta minha imaginação faminta.
Que triste viver apenas do agora,
Do passado e do presente
E a margem de futuros que nunca serão meus.
Sinto a agonia da lucidez dos quase mortos
Que não suportam a ideia de se perder do tempo,
De não ser quando ainda há tanta coisa pela frente.

É muito pouco afogar-se em uma xícara de café preto...

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