Imagino que a morte não passa de silêncio,
Um silêncio definitivo e irreversível
Que dissolve todas as falas,
todos os gestos
E emoções.
Morrer é ausentar-se de modo tão profundo
Que dissolve a data do próprio nascimento
Desfazendo todos os aniversários.
Nenhum silêncio é pior do que este,
Pois nele nem mesmo existe
Aquele que se cala.
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