A Humanidade existe apenas como
espécie. Não há como libertar o meu eu deste acontecer coletivo que é nossa condição biológica. Pois este eu que me cria como uma presença é
mero exemplo desta condição impessoal que é minha própria condição humana. O
que eu sou é o que todos somos. Mesmo quando me considero como singularidade
sei que replico comportamentos
socialmente estabelecidos, mesmo que
especificamente codificados a minha experiência biográfica.
Mesmo assim, só existem
indivíduos, mas sua existência é mediada pelo impessoal de seu comportamento
mais elementar, pela apropriação simbólica do mundo e de outros indivíduos.
Deste modo, se existem apenas indivíduos, eles existem como espécie, como
“humanidade”. A morte de um não
compromete, por exemplo, o viver dos outros, mas é até mesmo um de seus
pressupostos.
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