quinta-feira, 5 de outubro de 2017

PORTA VOZ DA ANGUSTIA

Não temo propriamente a morte. Meu receio é constatar diante de sua iminência que a vida não foi tudo aquilo que poderia ter sido. É  esta perda de mim mesmo no tempo vivido que me apavora todos os dias. É contra a nadificação cotidiana do mimetismo social que me insurjo como porta voz da angustia. Uma angustia  que de tão minha é de todos nós. 

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