segunda-feira, 7 de outubro de 2019

PÓS VIDA



Desfeito pela morte,
Persistirei presente entre as coisas
Nas infinitas cores das asas das borboletas.


Não sofrerei mais humanidades
ou identidades.
Serei  espaço abstrato e ecografia.


Abandonarei sem reservas
A ilusão de uma consciência,
a perenidade do orgânico,
e a própria condição humana.

  
Serei feito de superfícies,
efeito de olhar, 
entre o ser e o não ser,
quase uma fantasia
entre sonho e vigília .


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