Ninguém esquece um dia ruim. Quando a noite chega ele ecoa
no corpo. Deixa a gente pesado como se fosse uma espécie de mal estar físico.
A capacidade de pensar e sentir as coisas, também é afetada
e temos a sensação estranha de que tudo acontece em câmera lenta.
Mas o pior é aquela sensação de impotência, aquele se
sentir pequeno diante dos fatos que nos obrigam a seguir o roteiro de um
acontecer em infortúnio que parece que jamais terá fim.
Tudo fica fora do lugar ... A existência parece que virou
outra coisa na lucidez agônica de nossas limitações mais humanas.
Tudo ficar pior quando não conseguimos se quer nos render
ao desespero. Quando não somos capazes
de chorar, de gritar expressando todo o nosso descontentamento com aquele
acontecer danificado que ofuscou a própria vida.
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