Talvez um dia a sociedade tenha um surto de lucidez e
permita a cada indivíduo a suprema liberdade de escolher o dia de sua morte.
Afinal, a minha vida é minha e eu morro quando
quiser. Eis a mais radical das divisas!
Importante esclarecer que o suicídio não é um um ato
desleixado de auto destruição, ele é acima de tudo um desistir das contradições
do mundo e das pessoas, a lucidez levada as últimas consequências do pensamento
humano.
Certas pessoas chegam ao ponto extremo de desejar com todas
as forças arrancar o mundo e as pessoas de dentro de si. Para elas esse teatro
humano tornou-se tão sem sentido e tosco que não há nenhuma justificativa para
continuar a participar dele.
Trata-se aqui , na verdade, de um transbordar-se
radicalmente de si mesmo e de um ato de radical liberdade. Os que condenam o
suicídio deveriam antes condenar a miséria do mundo.
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