quinta-feira, 14 de maio de 2015

EM DEFESA DO SUICÍDIO

Talvez um dia a sociedade tenha um surto de lucidez e permita a cada indivíduo a suprema liberdade de escolher o dia de sua morte. Afinal, a minha vida é minha e eu morro quando  quiser. Eis a mais radical das divisas!

Importante esclarecer que o suicídio não é um um ato desleixado de auto destruição, ele é acima de tudo um desistir das contradições do mundo e das pessoas, a lucidez levada as últimas consequências do pensamento humano.

Certas pessoas chegam ao ponto extremo de desejar com todas as forças arrancar o mundo e as pessoas de dentro de si. Para elas esse teatro humano tornou-se tão sem sentido e tosco que não há nenhuma justificativa para continuar a participar dele.


Trata-se aqui , na verdade, de um transbordar-se radicalmente de si mesmo e de um ato de radical liberdade. Os que condenam o suicídio deveriam antes condenar a miséria do mundo.   

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