Vivo em um hiato entre o passado
e o futuro
A espera do nada.
O que me acontece se faz a margem
do mundo.
Sou qualquer resto de vida antiga
Que sobreviveu a si mesmo.
Não me prendo a caminhos
E muito menos persigo destinos.
Deixo-me passar pelas coisas
Abreviando o tempo e a vida.