Talvez não haja mais grandes
descobertas a espera de luz na grande floresta da mente humana. Mas ainda
tropeçamos nas velhas e canônicas certezas filosóficas de ontem e de hoje como
campos de força dos quais somos incapazes de nos libertar. Somos felizes
escravos da boa razão e da senhora verdade. Vivemos em universo ordenado por
leis naturais e nossa existência não pode ser refutada. Somos capazes de
distinguir com facilidade o irreal do real.
O que não se questiona, entretanto,
é a relatividade de nossas próprias premissas, a proeza cognitiva do
objetivismo, da universalidade totalizante de uma data configuração teórica do
real. Poder-se-ia, perfeitamente definir o não ser como critério da existência
a partir da ideia de finitude e da
inquestionável decomposição da
efetividade de tudo que existe através do tempo.
A realidade do mundo é convenção
e informação seletiva , codificação abstrata que estabelece a ordem das coisas
contra o não sentido e o irracional que nos fundamenta como seres vivos.
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