segunda-feira, 13 de novembro de 2017

FANTASMAS

Se a morte é essencialmente ausência, tudo que podemos oferecer aos nossos mortos o consolo de nossa lembrança. O afeto nos leva a livra-los da fatalidade do esquecimento, mesmo que de modo insuficiente e precário. A lembrança se converte em uma forma de vaga presença, de companhia que nos habita a imaginação. Assim, participamos da morte dos outros oferecendo uma parcela de nossa própria vida.

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