segunda-feira, 27 de novembro de 2017

MORRER EM VIDA


Morrer em vida é abdicar da experiência da imanência ou, pelo menos, recusa-la deliberadamente. Perdido, então, o vinculo entre a consciência e a experiência imediata, a vida não vive. Passa a acontecer no abstrato das valorações, das fantasias em torno do “deveria ser” e dos pueris prazeres do ego que, de modo unilateral, inventa e impõe seus próprios  critérios de verdade e validação do real.

Morrer em vida é abdicar da imediaticidade do prazer sensual e irracional em função de qualquer abstração racional e egocêntrica de verdade. Para muitos, a vaidade do deveria ser importa mais do que a própria existência.
  



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