quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A POESIA DIANTE DA MORTE NA CONTEMPORÂNEIDADE

Afinal,  o que ainda é possível dizer sobre a poesia e os poetas?
A poesia se tornou uma arte banal, um tédio, definitivamente não anda bem das pernas.

Os poetas já não tem muito brilho. Andam por ai sempre tentando dizer alguma coisa boa quando habitamos um hospício de mundo e não temos mais coisas boas para viver. Acho que nunca tivemos.

Claro. Existem aqueles que se pretendem malditos e se ocupam com versos livres e tristes. Mas  são incapazes de dizer o agora de si mesmos, as nuanças de suas melancolias e a vaidade em seus punhos.

Pessoalmente, faço versos desdizendo a vida, as coisas, as pessoas, os sentimentos e, principalmente, toda possível ilusão de esperança.

Estamos destinados a morte. E é contra ela que escrevo.

Sei que quando se morre nos reduzimos a escrita, ao dito e ao feito gramatical.

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