sábado, 21 de novembro de 2015

O PESO DO TEMPO

Tenho tanto tédio
Que me deixo,
Me deito e tento
Não pensar em nada,
Não saber nada,
Escrito em uma existência
Quase sem vida.
Tudo em mim  acabou em silêncio,
Em aposta perdida.
O passado soterrou o futuro.
Meus entes queridos andam flertando
Com a morte.
Tudo que me define se perdeu da realidade.
Saudades  do tempo em que eu era jovem,
Suficientemente forte para resistir ao tempo.
Agora já não tenho amores,
Nem mesmo me reconheço em meu próprio rosto.
Afogo no tempo,

Indiferente a mim mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário