Toda experiência humana foi
reduzida a banalidade, ao raso e imediato de um momento fechado no eterno
retorno da simples reprodução do nosso ciclo vital. Tudo que importa é
continuar vivendo, reeditar a própria existência em variações infinitas da
banalidade de viver rotinas. Por maior que seja o progresso pessoal alcançado,
não ultrapassamos a fronteira das necessidades. O desejo e a compulsão pelo
progresso biográfico constante se opõem agora a qualquer estratégia de
liberdade ou construção de subjetividade. Vivemos em uma cultura orientada para
o utilitarismo mais estreito.
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