quinta-feira, 23 de maio de 2019

LEMBRANÇAS DE CEMITÉRIO


Quase todos os dias penso nos meus mortos. Minha vida era outra quando eles estavam vivos. A existência era mais autentica, real. Eu era jovem. Tinha mesmo uma vida inteira pela frente.

Agora, o que tenho quando mal sei quem eu sou?

A saudade dos mortos é um aprendizado de finitude, um modo de questionar a própria vida, a brutalidade de sua falta de sentido, e a melancolia que nos envelhece, quando tudo que nos resta é um álbum de fotografias.


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