São nossas próprias
opiniões as maiores fontes de inquietações e aflições. Os acontecimentos são
cegos, sem significado. Eles apenas acontecem ao sabor de encadeamentos caóticos,
como uma espécie de turbilhão cujo resultado ou efeitos traduzimos como opiniões
ou percepções. Isso se aplica dentre tantas outras coisas ao morrer. Nada mais
natural do que o desaparecimento de alguém que nasceu. Um fato equivale ao
outro. Mas tendemos a fundamenta-lo e desdobra-lo em significações diversas que
fazem com que o mero morrer desapareça enquanto acontecimento soterrado por
nossos impressões, afetos e convenções
sociais. Não aceitamos a morte e com isso a transformamos em um problema. Nada
mais sem sentido diante de algo que não significa nada, como a própria vida.
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