terça-feira, 31 de julho de 2018

A MORTE COMO UM FALSO PROBLEMA EXISTENCIAL


São nossas próprias opiniões as maiores fontes de inquietações e aflições. Os acontecimentos são cegos, sem significado. Eles apenas acontecem ao sabor de encadeamentos caóticos, como uma espécie de turbilhão cujo resultado ou efeitos traduzimos como opiniões ou percepções. Isso se aplica dentre tantas outras coisas ao morrer. Nada mais natural do que o desaparecimento de alguém que nasceu. Um fato equivale ao outro. Mas tendemos a fundamenta-lo e desdobra-lo em significações diversas que fazem com que o mero morrer desapareça enquanto acontecimento soterrado por nossos impressões,  afetos e convenções sociais. Não aceitamos a morte e com isso a transformamos em um problema. Nada mais sem sentido diante de algo que não significa nada, como a própria vida.



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