A convincente
ilusão de estar vivo não me induz ao alto engano de uma plena existência. Sei
que sou abstrato, que minha presença é apenas um jogo da consciência onde o eu
não passa de um engenhoso artifício da natureza.
Sou um organismo
complexo cuja soma das partes não definem uma totalidade. Não me deixo levar
pela ilusão de humanidade. O que me define é o indeterminado da linguagem, o
estranho recurso da memoria que inventa o tempo como plano de identidade.
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