Persigo a vida
na sutileza do visível. Como algo imediatamente dado no incerto acontecer de
mim mesmo através do superficial e do efêmero. Inútil buscar profundidades em
algo tão banal, um significado mais profundo. Significações são cômodas invenções
que não sobrevivem ao passar do tempo. Apenas inventam nomes e identidades onde
existe apenas o tédio de ser e estar. Prefiro não ficar preso a identidades e
certezas. Reconheço na morte o limite absoluto de todos os sentidos. Isso é
tudo que me parece realmente possível em meio as vaidades de nossa estranha condição humana. Cultivo pouco por nada.
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