O corpo é um
dado imediato anterior a qualquer representação ou significação da vida. Ele
escapa a linguagem. É o outro da consciência. Deste modo, a forma- Homem não
está contida no arranjo biológico do corpo e suas múltiplas organicidades.
Entretanto, o
corpo se apresenta como consciência do corpo para um eu que se auto apreende
como totalidade consciente . Estabelece-se a falsa dualidade entre a mente e o
corpo, entre o sensível e o abstrato, entre o eu e o mundo, até que a morte a
supere. A morte é a falência do corpo e
a consequente extinção da consciência. Mesmo que diga exclusivamente respeito
ao acontecer do corpo e a sua ambientação ao mundo como matéria ou,
simplesmente, um arranjo provisório de células e moléculas, a morte é o
cancelamento da validade de todas as nossas convenções e representações
culturais, a extinção do jogo pessoal destinada a cada indivíduo e a própria espécie.
A Morte é sempre o que nos supera.
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