Tudo que nos define é a presença arrebatadora de uma abstrata ausência. Trata-se de algo indeterminado, além de qualquer palavra ou conceito. Algo que nos consome e se consuma na morte.
Somos em tudo o devir desta ausência.
Aqueles que amam a vida incondicionalmente negam a existência em toda sua complexidade.
Não aceitam o trágico, o imprevisível e a incerteza, como inalienáveis premissas de nossa triste humanidade.
Preferem a ofuscação do sol de qualquer questionável verdade.
Nada aprendem com a banalidade da morte. Seguem sonâmbulos no sonho é na ilusão de uma inatingível felicidade.